IBS/CBS e compliance by design, segundo Leonardo Manzan, requerem transformar regras tributárias em especificações técnicas prontas para execução, teste e auditoria contínua. Desde já, o ponto é modelar fatos geradores, bases e créditos como objetos de negócio, evitando “planilhas paralelas” e garantindo rastreabilidade ponta a ponta. Assim, políticas fiscais deixam de ser manuais e passam a ser código governado, verificável e versionado.
IBS/CBS e compliance by design com Leonardo Manzan: fundamentos de arquitetura
Antes de tudo, convém mapear jornadas fiscais, cotação, pedido, faturamento, entrega, devolução, e identificar onde surgem os eventos de IBS e CBS. Em seguida, definir um domínio comum (produtos, serviços, operações, localidades) com taxonomias estáveis impede divergências entre ERP, gateway de notas e conciliação contábil. A partir daí, métricas de qualidade de dados (completude, unicidade, tempestividade) viram indicadores de conformidade. Além disso, mapear exceções operacionais e modelar regras de fallback, matrizes de decisão e catálogos de eventos (BPMN/UML) cria trilhas explícitas entre norma e execução. Data lineage e ownership definidos evitam atalhos manuais e divergências.
De seu turno, Leonardo Manzan analisa que as regras devem ser parametrizáveis e testáveis: tabelas de exceções, calendários de vigência e “feature flags” reduzem ruptura em mudanças legais. Adicionalmente, suítes de testes automatizados, unitários e de regressão, validam cálculos, cenários de créditos e limites de cumulatividade, preservando consistência entre ambientes e garantindo previsibilidade operacional.

ERPs, tax engines e dados mestrados: como desenhar consistência
Em paralelo, dados mestrados robustos (NCM/NBS, CNAE, CFOP/CFPS análogos, naturezas de operação, atributos de produto e cliente) sustentam o motor fiscal. Chaves de determinação (origem, destino, tipo de receita, canal, frequência) precisam estar normalizadas para evitar ramificações de código. Ademais, trilhas de auditoria e versionamento de cadastros tornam recuperável qualquer cálculo, inclusive após retificações e reprocessamentos. Governança de cadastros com stewardship, SLAs de atualização e políticas de versionamento impede “drifts” silenciosos. Validações de qualidade pré-faturamento e reconciliações automáticas por amostragem reduzem retrabalho e glosas posteriores.
Conforme Leonardo Manzan, o motor fiscal deve operar como serviço independente, com APIs idempotentes e cache inteligente para reduzir latência em picos. Planos de rollback, “canary releases” e chaves de configuração por filial, produto ou canal permitem microajustes sem paralisar o faturamento. Por conseguinte, catálogos de regras legíveis por negócio aproximam jurídico, fiscal e TI, diminuindo retrabalho.
@leonardosiademanzan Leonardo Siade Manzan explica paraísos fiscais e BEPS na prática Com a globalização, práticas tributárias agressivas e o uso de paraísos fiscais aumentaram, tornando essencial compreender o BEPS. Leonardo Siade Manzan apresenta os principais mecanismos utilizados por multinacionais, os riscos legais envolvidos e as estratégias de órgãos internacionais para combater a erosão da base tributária. O vídeo oferece uma análise completa para profissionais, estudantes e interessados em Direito Tributário e economia internacional. #LeonardoSiadeManzan #QueméLeonardoSiadeManzan #OqueaconteceucomLeonardoSiadeManzan #LeonardoSiade #LeonardoManzan #operaçãozelotes
♬ som original – Leonardo Siade Manzan – Leonardo Siade Manzan
APIs públicas, e-invoices e interoperabilidade: do cadastro ao recolhimento
Nesse diapasão, integrações com cadastros oficiais e e-invoices padronizadas tornam o compliance contínuo: validações de CNPJ/inscrições, schemas de documentos, eventos de cancelamento, devoluções e estornos. Orquestradores tratam reprocessos e filas, enquanto reconciliadores comparam cálculo “aplicado” vs. “esperado”, gerando alertas de divergência. Ademais, pipelines de dados alimentam contabilidade, apuração e relatórios gerenciais sem remessas manuais. Pipelines de compliance-as-code validam schemas e cálculos a cada deploy; testes de resiliência e cenários de indisponibilidade garantem continuidade. Ambientes de staging com dados mascarados simulam mudanças legais antes da entrada em produção.
Sob outra ótica, Leonardo Manzan aponta que dashboards operacionais, cobertura de testes, taxas de rejeição, aging de créditos, pendências de retorno, orientam decisões diárias. Alertas pró-ativos por SLA e prioridade evitam acúmulo de notas rejeitadas ou créditos não apropriados. Em síntese, a visibilidade em tempo real reduz custo de conformidade e previne litígios desnecessários.
Da régua ao código: um roteiro realista de implantação
Dito isso, vale um passo a passo: (1) diagnóstico de processos e dados; (2) blueprint de domínio e catálogo de regras; (3) backlog priorizado por risco e impacto; (4) implementação incremental com sprints curtos; (5) testes automatizados e “golden datasets”; (6) playbooks de incidentes e governança; (7) capacitação contínua e handover. Cada fase deve produzir evidências auditáveis e documentação viva. Acrescente um risk register vivo, gestão de mudanças orientada a impacto e KPIs de adoção (tempo de apuração, taxa de rejeição, aproveitamento de créditos). Capacitações por perfil e coaching on-the-job consolidam o novo modelo operacional.
Por fim, Leonardo Manzan frisa que IBS/CBS só se tornam previsíveis quando compliance é parte do desenho do sistema, não um remendo posterior. Governança de dados, motores fiscais desacoplados e integrações bem documentadas convertem complexidade normativa em rotinas confiáveis. Desse modo, empresas ganham eficiência, o fisco aumenta transparência e o ambiente de negócios avança em segurança jurídica e competitividade.
Autor: Dmitriy Gromov